Respirando mais aliviado

A etapa de ontem da F46 provou mais uma vez o ótimo momento que o grupo vive. Como de costume tivemos duas baterias da OPEN, o que tem sido excelente e mostrado ótimas disputas. Toda etapa novas caras aparecem para conhecer o que é a F46 e todo o bom clima que as etapas têm proporcionado. Foram apenas três faltas nas categorias fixas que contou com 47 pilotos e mais os 20 da OPEN, totalizando 67 corredores, quase um recorde. É louvável também o excelente atendimento do Top Kart Barra que fez o máximo possível para equilibrar os karts e atender a todos muito bem. Em resumo, um domingo excelente para a F46.

Logo cedo entraria na pista a ACE, num horário que não é o habitual do grupo, mas se mostrou muito bem aceito não só pelos pilotos como também pelas namoradas. Eu precisava de um bom resultado, principalmente após minha patética apresentação em Volta Redonda. De volta ao tipo de piso em que históricamente me dou melhor estava esperançoso por um bom resultado. A ACE era a primeira bateria e logo partimos pro briefing e pro sorteio, sem o líder da categoria. Por capricho do destino Felipe Prado não ouviu seu despertador na manhã de domingo e fomos para a pista com um a menos. Um a menos porque Arthur Vargas entraria na pista apenas para pontuar, já que quebrou um pé devido ao excesso de peso. Desejo aqui sucesso na recuperação do meu amigo e que a cirurgia de redução estomacal dê resultado.

Começa o esperado bingo que seria o sorteio e me aparece o 6. Diziam que era um dos melhores karts da pista, mas uma verdadeira batedeira nas curvas. Fui ainda mais confiante de que podia morder um pódio talvez. Mas durante todo o qualify figurei apenas entre quinto e sexto e acabei terminando mesmo em sexto. Fiquei um pouco insatisfeito, mas quando vi os karts que estavam na frente logo entendi tudo. A pole era do Gustavo Taveira com o 7, o segundo lugar com o Chico no 1 e o terceiro com o Taylor no 12. Realmente havia uma diferença entre karts, mas completamente aceitável. Esses três karts foram favoritos em todas as baterias até o fim do dia. Parti pra largada com o Abel na minha frente e Henrique logo atrás. Pela posição em que me encontrava sabia que perderia a posição pro Henrique logo na largada se não fizesse algo. Larguei já fechando a porta e percebi que o Henrique não parou, também não pararia e seguiria no meu traçado já que a preferência ainda era minha. Muito perto da pilastra ele recolheu e evitou ficar preso. Vargas completou sua primeira volta e abandonou a prova, conquistando preciosos dois pontos para que ele não precise se preocupar com rebaixamento no futuro. Após esse começo conturbado o pelotão da frente abriu consideravelmente e logo à minha frente ainda via o Abel no kart 9. Sabia que o 6 era mais kart e comecei a correr atrás. Antes mesmo de eu me aproximar Taylor no 12 e Pré no 10 se distanciaram do Abel e eu sabia que minha luta seria com ele. Após suportar um sufoco do Henrique nas voltas iniciais pude me dedicar à caça e tirava aos poucos a diferença. No meio da corrida comecei a me sentir muito cansado e pensei que não conseguiria. Pra minha sorte Abel se cansou mais do que eu e ainda assim eu estava chegando, mas o perigo era a aproximação do Henrique. Sabia que teria que dar um bote certeiro no Abel para não me complicar. Cheguei sem nenhum alarde a me aproveitei do fato de ter mais motor e da bobeada do Abel na tomada da penúltima curva para dar o bote. Foi do jeito que eu queria, sem perder tempo. Achava que conseguiria me distanciar, mas me enganei. O cansaço bateu mais forte e passei a ser seguido de perto agora pelos dois. Foram umas 10 voltas de muita pressão e eu rezando pela bandeira branca. Na última volta Henrique ainda passou o Abel e consegui a distância que tanto queria antes. Levei o kart até a quadriculada ciente de que fiz o máximo que podia com as combinações kart/piloto que tinhamos na pista. O quinto lugar ainda não foi o suficiente pra me tirar do último lugar na classificação, mas serviu para mostrar que correrei atrá do prejuízo causado por aquele décimo lugar. Que venha o Point e eu possa sair dessa incômoda posição de rebaixado.