Relatos do IKWC

Desapareci por muito tempo. Quem acompanha o blog sabia que eu faria uma viagem para a Europa e disputaria o IKWC na Bélgica. Lamento só por não ter tido tempo nenhum para escrever algo antes de viajar. Peço desculpas àqueles que ficaram sem entender o que aconteceu com o blog que ficou tanto tempo sem atualização. Mas estou de volta!

Desde o meu retorno uma semana atrás não tinha parado ainda. Fiz muitas coisas na correria e já na quinta tive que viajar para embarcar e voltar ao batente após essas maravilhosas férias. Agora retomo o blog com a habitual força de sempre. As novidades pipocam no kart indoor do Rio de Janeiro e muitas cogitações vêm sendo feitas. Vamos aos poucos entrando no eixo e nos alinhando às tantas informações.

A viagem foi sensacional! O IKWC nem tanto. Como era de se esperar, minha apresentação não teve brilho nenhum, mas foi divertida. Gostei do formato da competição que era bem simples e sem firulas e gostei principalmente de correr com gente do mundo todo e ver corridas de um nível absurdo, nunca presenciado por mim. O campeão, ou melhor, o bi-campeão, foi Kenny Geldhof. Mereceu muito. O pior resultado do belga foi um segundo lugar, fora uma vitória dele com o pior kart da pista, o 13.

Tive até boas corridas, isso pra quem fez apenas três treinos e chegou em Eupen tomando dois segundos dos melhores tempos. Saímos de lá ainda devendo alguns décimos, mas ainda assim foi bom. É muito bacana discutir conflitos na pista em inglês, é muito legal passar gringos e é muito legal tentar acompanhar os melhores do mundo na mesma pista que você. Só o que não foi legal foi a insistência da organização em utilizar a parte externa da pista que tinha um ponto muito perigoso. Sou prova disso, já que me envolvi no maior acidente da competição, que envolveu quase dez karts na parte entre os muros que levava à parte coberta. Quando cheguei não tive nada a fazer para evitar a porrada nos dois karts que se encontravam presos nos pneus. Daí foi só fechar os olhos e esperar a pancadaria generalizada que foi. A corrida foi interrompida e depois nova largada foi dada sem a maldita parte externa. Saí com um honroso 161° lugar de 187 pilotos, isso porque recebi uma injusta punição ao ultrapassar um belga (curioso, não?). Perdi dez posições em uma corrida e pontos preciosos.

Pra falar a verdade todos nós não nos preparamos nem fisicamente e nem psicológicamente para a competição. Estávamos na europa e só queríamos aproveitar ao máximo a viagem. No final das contas o IKWC que foi o que motivou a viagem acabou por atrapalhá-la sensivelmente. Queríamos logo sair dalí para voltar a aproveitar o velho continente. Bruxelas foi demais, Paris é incrível, Londres é pontual e fria, Amsterdã é um sonho e Brugge é de três séculos atrás. Um dia volto!

Galera da F46 no mundial. Como sempre, sem discernimento nenhum.