sábado, 30 de abril de 2011

Como nasceu o grupo: F46

Começaremos a série com a história do surgimento da F46, clube do qual tenho o orgulho de dizer que participo. A F46 tem papel importante na história do kartismo amador carioca, tendo revelado dezenas de pilotos apaixonados pelo esporte. O grupo une duas características importantíssimas: a disputa sadia nas pistas e a amizade fora dela. Isso faz da F46 um grupo forte, competitivo e consolidado.

Como a grande maioria dos grupos atuais, a F46 partiu do imaginário de amigos que começaram a andar de kart e para trazer mais emoção à sua diversão resolveram criar um sistema de pontuação. O número 46 é uma referência à casa dos pilotos Thiago Guimarães (SUPER-PRO) e Thaís Guimarães (Flying Girls), onde eram realizadas diversas festas pelos amigos antes mesmo de imaginarem correr de kart.
A primeira competição se iniciou no final de 2004 e se estendeu até o final de 2005, em 14 meses, mas apenas com seis etapas. A dificuldade para juntar os dez amigos que formavam essa primeira temporada foi primordial para o atraso da Copa Flying Kids (nome oficial da primeira copa). Ao longo da competição a disputa foi se tornando mais séria e o nível dos pilotos aumentou, o que acabou gerando a necessidade de centralização do comando do grupo em três pilotos. Daí pra frente o grupo começou a experimentar um crescimento fantástico. Já em 2006 se iniciaram testes para atrair novos pilotos com o intuito de ser aberta uma segunda categoria. O resultado foi melhor que o esperado e o grupo passou de 10 pilotos em uma categoria única para 40 pilotos divididos em três categorias masculinas e uma feminina, as Flying Girls. O nome F46 passou a ser amplamente divulgado e mais e mais pessoas queriam entrar no grupo. Em 2008 surgiu a ideia da OPEN 46, onde pilotos que desejavam integrar o grupo poderiam correr sem compromisso com calendário e começar a se habituar à família F46. O sucesso da OPEN foi tão grande que em 2010 o grupo se viu forçado a abrir uma nova categoria para permitir que amigos da OPEN pudessem participar das categorias fixas.
Hoje, pilotos da OPEN sabem que a categoria é a porta de entrada da F46 e têm noção da sua importância para o campeonato. A grande maioria dos pilotos da F46 é originária da OPEN, que hoje conta tradicionalmente com duas baterias em todas as etapas da F46. O grupo hoje tem em suas etapas a presença de cerca de 70 pilotos, incluindo categorias fixas e OPEN. As corridas são um ótimo programa para familiares, que sempre aparecem em peso para torcer. A amizade que existe entre os pilotos é algo evidente e não se limita apenas às pistas ou aos dias de corrida.

FICHA COMPLETA

Nome oficial: F46 KART RACING
Data de criação: 11 de outubro de 2004
Presidente: Comissão organizadora
Número de integrantes: 70
Número de etapas ao longo do ano: 10
Site: www.f46.com.br
Comunidade no Orkut: F46 Kart Racing
Perfil no Orkut: Tio F46 Kart Racing
Twitter: @f46kartracing
Perfil no Facebook: Venceslau Pantallona
Grupo no Facebook: F46 Kart Racing
E-mail: f46kartracing@gmail.com

Você que organiza uma competição de kart indoor e deseja ter a história do seu grupo contada aqui pode enviar o texto para felmarcel@gmail.com. Utilizem o texto desse post como modelo e envie o máximo de dados que puderem.

Até o próximo Sábado com mais um "Como nasceu o grupo"!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Nova série: Como nasceu o grupo

A ideia partiu de um comentário do amigo Maurício Filho em um post antigo aqui no MarcelF46. Eu comentava sobre meu início no kartismo e, em seu comentário, Maurício falou um pouco sobre o início do Acelera Jatobá, grupo pelo qual ele corre e também é organizador.
O mundo do kart indoor é bem pequeno, talvez pelo alto custo do esporte. Isso faz com que quase todos nesse meio acabem se conhecendo, seja correndo pelo mesmo grupo, disputando corridas esporádicas ou simplesmente ouvindo o nome. Com os grupos não é diferente. Todos nós conhecemos os principais grupos do kart indoor carioca e alguns que estão surgindo e ainda terão sua chance de escrever história buscam esse reconhecimento. Sem os grupos de kart indoor, a pratica com certeza não teria o apelo que tem hoje. Os kartódromos não teriam igual movimento, tendo em vista que em alguns estabelecimentos a maior parte de pilotos pertencem a grupos e treinam para suas competições.
Utilizarei o espaço do meu blog para ajudar na divulgação dos grupos que fundamentam o kartismo carioca. Sejam grupos novos ou antigos já com história, todos terão seu espaço. Alguns presidentes de clubes já me enviaram suas histórias e começarei a publicá-las a partir desse Sábado. A ideia é tornar a série semanal, com postagens todos os sábados sempre falando um pouco de um grupo. 
Caso você represente um grupo e deseja que a história dele seja contada nesse espaço envie um e-mail para felmarcel@gmail.com contando tudo o que sabe e passando outros dados como site, blog, twitter, facebook, enfim, todas as formas como as pessoas possam saber mais sobre o grupo caso se interessem.

Aguardo a visita de vocês amanhã com a primeira história.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Chorando as mágoas

ACE pronta para alinhar
Isso aí, amigos leitores. O blog não morreu, eu andava bastante ocupado ultimamente. Espero que isso não aconteça mais, ou se acontecer, que não seja por tanto tempo assim.
Hora de enfim falar da minha pífia apresentação na primeira etapa do F46 Kart Racing 2011. Não que o meu atual desempenho esteja muito distante do resultado conquistado, mas ficou um gosto amargo na boca. Chegar em último é péssimo, a sensação é horrível.
Nunca havia sido o último na F46, já tinha sim tido meus nonos ou oitavos lugares, mas DÉCIMO, último, essa sensação eu nunca tinha experimentado. O sabor de ser o pior de todos é amargo.
O Kartódromo de Volta Redonda tem uma pista muito gostosa de se correr. É um traçado já manjado, mas muito interessante. O grande problema é a quantidade de retas. O tempo da volta é de aproximadamente um minuto, e desse tempo você passa uns 30 segundos com o pé embaixo nas retas. E se o seu kart não tem motor? Pois é! Meu problema já começou daí. O kart 1 era bem fraquinho de reta e eu com meus 90 kg com todo o equipamento sofria um pouco mais que o restante em uma categoria de altíssimo nível onde o lastro é 80 kg. Mesmo com esse problema, o kart era muito bom de miolo, fazia curva muitíssimo bem. Fato que eu tinha condições de chegar em sétimo ou talvez até sexto. Mas na realidade o meu maior problema é a falta de competência no asfalto. Não sei porque, mas não consigo correr bem nesse tipo de pista. Faço frente em qualquer Mickey Mouse de shopping, mas quando a pista abre meu desempenho cai.
Fiz um qualify péssimo e sabia disso. Não me espantei quando me alinharam em nono. Dada a largada e como de custume larguei muito bem. Se tem uma coisa que eu sei que faço bem no kartismo é a largada. Parti pra cima e na primeira reta já estava em quinto ou sexto. A confusão começou quando todos se prepararam pra primeira curva e acabou sobrando pra mim. Tomei um chega pra lá involuntário e fui parar na grama. Consegui trazer de volta sem rodar, mas já era o último. Aproveitei-me da proximidade e das brigas do começo de prova pra me aproximar novamente do pessoal e conseguir algumas ultrapassagens. Cheguei a oitavo, mas logo o Pré me passou de novo e assim que passou foi embora. Na reta só faltava ele me dar tchau. Daí pra frente quem começou a me assustar foi o Taylor que vinha de último, muito por causa de uma bolha na mão. Apesar da preocupação, consegui manter sempre uma distância segura e tentava me manter em nono. No final da corrida, talvez por desatenção minha ou por maior esforço do Taylor, ele começou a colar em mim e eu passei a cometer erros bobos. Quando chegamos na última volta ele conseguiu me passar. Apesar disso, eu tinha a sensação de que conseguiria recuperar a posição a qualquer momento, já que no miolo eu estava me saindo bem. Mas fui precipitado e tentei uma manobra arriscada na reta. Taylor não me viu e quando fez a tomada da curva tive que frear com tudo e a cantada de pneu foi estridente. Foi só tirar o pé e esperar a linha de chegada aparecer na minha frente. Eu era o último e sabia que não tinha me saído bem.
A ACE esse ano está muito forte, todos treinando muito e estou percebendo que estou ficando pra trás. Hora de me dedicar mais aos treinos, ou me contentar com a SUPER-PRO em 2012.

terça-feira, 5 de abril de 2011

For those about to rock

Rock and Roll Racing no topo do pódio
Mais um dia pra história da F46. A temporada oficial 2011começou em grande estilo com o II Endurance de Equipes F46, competição que já passa a ser tradicional na abertura da temporada. Aprendendo com os erros e problemas do Endurance do ano passado, a organização da F46 aparou as arestas e pouquíssimos foram os problemas, mas nenhum a ponto de tirar o brilho da competição. Na verdade o único problema que pode ser citado foi a confusão causada pela falta de sinalização de entrada dos boxes no começo da prova, da qual o seu humilde narrador foi vítima na primeira parada da YBR A, o que futuramente nos tirou um possível primeiro lugar na corrida. No mais o evento foi espetacular! Procurarei contar aqui o lado desconhecido desse Endurance e falar sobre a corrida, mas todos já sabem o quanto essa foi sensacional. Só o que não sabem é como foram feitos os preparativos para a competição pela equipe vencedora.
A história começou quando nosso amigo Chicareca anunciou meses atrás que iria ao show do Ozzy Osbourne. O ser capilarmente paradoxal tratou de motivar os amigos a irem também e nós em grande maioria decidirmos ir. Eu inclusive comprei meu ingresso hoje na Saraiva do Norte Shopping, corram que ainda tem poucos pra pista. Zico, companheiro de equipe de Chico na Rock and Roll Racing decidiu então fazer uma festa de aquecimento pelo show do Ozzy no sábado anterior ao Endurance. A festa serviu também para darmos boas vindas à nova equipe da F46. Rolou muito Rock, de Metallica até, óbviamente, Black Sabbath. Curtimos horas de puro Rock and Roll debaixo de chuva. Me lembro do Chico comentando que era o deus do Rock chorando de emoção pela nova equipe. Viagens à parte, o clima por eles gerado foi fundamental pra se iniciar o que viria no dia seguinte.
Cheguei já de madrugada em casa e sabia que seria difícil acordar pelo amanhecer. Dormi muito pouco e peguei carona com o garoto propaganda das balas juquinha rumo a Volta Redonda. Na viagem um pouco de chuva fez as previsões de toró durante o Endurance quase se comprovarem. Chegando ao Kartódromo Internacional de Volta Redonda começa a correria de briefing, entrega de camisas de 2011 e divisão de tarefas pro Endurance. Salva de palmas para o amigo Guapi que mandou muito bem no controle das trocas no box.
Partimos pra pista e colocamos nossa estratégia em jogo. Resolvi com minha equipe que eu faria a largada e deixaríamos tempo de sobra para o Lucas Masid, nosso piloto mais rápido. A outra equipe tinha estratégia parecida, mas a ausência de última hora de Tati Valdevino fez que Abílio abrisse e fechasse a competição. O sorteio do grid não me ajudou muito e lá vou eu sair de oitavo com pista molhada. No final das contas apenas os primeiros competidores pegaram a pista pouco molhada, logo nas dez primeiras voltas a pista já estava seca e assim permaneceu até o final das 146 voltas. Dada a largada e o habitual "encontro de parachoques" causado pela mistura de diversas categorias se viu novamente na pista. Fui prejudicado por um banzai ninja nível 5 na curva de saída da reta oposta e perdi contato com os dianteiros. Nessa altura Chico já liderava a corrida com o carro 10 da Rock and Roll e Zico era o terceiro com o carro 9. Dali até o final o kart 10 liderou o endurance, passando por todos os cinco pilotos da RRR B.
Na primeira rodada de trocas uma confusão gerada por falta de sinalização de box fechado acabou prejudicando muitas equipes, principalmente as primeiras a efetuarem a troca. Recebi a sinalização da minha equipe para trocar e prontamente me preparei pra entrar no box. De longe, antes da curva da Jandira, realmente era impossível enxergar se os cones estavam abertos ou fechados e eu fui a primeira vítima desse erro de sinalização. Depois de mim vieram Gustavo Taveira, Eduardo Carrero, Felipe Prado e outros que não lembro agora. Todos nós entramos pelo lado errado e tivemos de retornar à pista, prejudicando e muito nossas equipes. Após a sinalização devidamente feita, não tivemos mais problemas de nenhuma natureza nas duas horas seguintes de corrida.
A única equipe que participou completa do Endurance, com todos os pilotos das categorias fixas da F46, foi a Rock and Roll Racing. Todos mostraram que abraçaram a equipe recém criada e fizeram um papel excelente na pista. Foi também a única equipe sem problemas durante toda a competição, nenhum kart bomba foi parar na mão deles, mas em compensação quando pegaram karts balas todos os membros mandaram muito bem. Título merecidíssimo para a Rock and Roll. Um título que premia o que a F46 mais preza em suas competições: a amizade, entrosamente e principalmente a irreverência.

sábado, 2 de abril de 2011

Amanhà é dia de F46, pra começar o ano automobilístico de verdade. Na programação temos o Endurance de Equipes pela manhã e as já tradicionais 7 baterias da nossa etapa pela tarde. Quer correr a OPEN? É só chegar lá por volta de 16h que com certeza você será bem vindo. Nos vemos em Volta Redonda a partir de 9h.