quarta-feira, 30 de março de 2011

Back to land!

 

Mais uma quinzena. Fim de papo por enquanto. Quero aproveitar essa folga bastante, tô precisando. Hoje já tem esquenta motores no Point Kart. Faz parte dos preparativos da galera da F46 correr semanalmente a Oriental com sua duração de 30 minutos pra irem se preparando para as corridas de longa duração do Mundial. Nessa de hoje não irei. O cansaço fala mais alto, fora as pendências que tenho que resolver. Espero dormir bem hoje, tem sido muito difícil ultimamente. A ansiedade tá matando, não gosto de deixar problemas sem solução. Acredito que tudo vá ficar bem hoje. 
Aliás, falando em Mundial, o IKWC tá chegando aí, daqui a pouco começa a correria de procurar tudo em cima da hora, como de costume. Já tem tudo mastigado pelo pessoal, mas a preguiça sempre fala mais alto. Mas juro fazer um esforço e tentar resolver algo nessa folga. 
Chegando hoje e amanhã já volto às aulas na faculdade. Já era hora. Quem acha que minha folga é moleza pode tirar o cavalinho da chuva. Quem faz Engenharia Elétrica sabe do que eu tô falando. Mas os finais de semana estão aí pra fazer a alegria de todo o povo. Domingo recomeça a F46 em Volta Redonda. Temporada 2011 promete ser a mais agitada de todas, tá ficando cada vez mais legal trabalhar nesse campeonato cheio de gente tão boa e comprometida.
Opa, minha chamada pro briefing de segurança. Partiu folgar. Partiu aproveitar a vida.

terça-feira, 29 de março de 2011

Quando o inesperado se torna necessário.

Primeiro pódio na F46 com Jorge Cléber em 4º e meu irmão em 1º

Achei valido aproveitar o início do blog para contar com detalhes como surgiu minha paixão e consequente vício pelo kartismo e entrada na F46. Certos momentos em nossas vidas passam despercebidos e simplesmente não nos damos conta quando damos um giro de 180º e passamos a seguir novos rumos. Porém, no meu caso, sei exatamente quando e porque tudo aconteceu.
A história começa em 2006, quando conhecendo os colegas de trabalho da nova empresa um deles, Jorge Cléber, tem a brilhante ideia de irmos todos correr de kart. Sempre curti o automobilismo, nunca fui nenhum fanático, mas dedicava meus domingos às corridas de F1. A ideia pareceu excelente e prontamente me candidatei a ir. Eu e mais quatro colegas nos dirigimos então até o Top Kart Norte Shopping, o local onde a grande maioria dos cariocas começa a correr, não é a toa que o lugar se encontra no estado atual. A data foi 08/09/2006, era uma sexta-feira de feriadão, mas mesmo assim o kartódromo não estava cheio e por isso conseguimos vagas pra todos com facilidade. De cara o ambiente já despertou em mim uma sensação diferente, sentia a adrenalina correndo forte pelas veias, algo nunca antes sentido. Todo aquele clima, o ronco dos motores, o cheiro de combustível, os equipamentos cedidos pelo kartódromo, era tudo novidade pra mim e queria aproveitar ao máximo.
Assistimos o briefing, pusemos capacetes e luvas e nos dirigimos aos karts sorteados. Jorge Cléber já corria havia algum tempo e obviamente era o absoluto favorito, apesar disso, sinceramente não lembro do resultado final da corrida. Só sei que pisava no acelerador com uma alegria e satisfação que nunca esquecerei. Não queria parar nunca. Quando recebi a quadriculada e parei o kart a primeira coisa que disse quando tirei o capacete foi "Bora correr outra agora mesmo!". E assim de fato o fizemos. Um dia inesquecível pra mim, um verdadeiro marco em minha vida. Cheguei em casa e já saí contando tudo ao meu irmão com a maior empolgação do mundo e tentando arrastá-lo pra correr na semana seguinte. E lá fomos nós de novo pra mais duas baterias seguidas.
Eu vinha havia alguns meses de um rompimento de um namoro que durara três anos e precisava de alguma coisa que descansasse minhas ideias e arejasse minha mente. O kartismo era tudo o que precisava e mergulhei de cabeça. Logo após as quatro primeiras brincadeiras percebi que queria levar aquilo mais a sério, queria disputas que fizessem meu sangue ferver e elevar meu nível de competitividade. Lembrei então do amigo Felipe Siqueira da época do colégio e de como ele vivia falando que corria de kart com os amigos. Um dia via msn pergunto se ele ainda corria e a resposta claramente foi positiva. Me disse que estava organizando um campeonato pequeno que contava com dez pilotos, mas que para 2007 eles queriam expandir e contar com 20 ou talvez 30 corredores divididos em categorias e que para facilitar isso fariam uma bateria de testes no Rio Shopping Kart Indoor para selecionar candidatos. Me inscrevi na bateria e de cara convidei meu irmão e todos os outros que haviam começado a correr comigo. Fomos ao teste que aconteceu no domingo 24/09/2006 e, como é costume e característica do grupo até os dias de hoje, fomos muitíssimo bem recebidos. Meu resultado foi mediano, mas o suficiente para me enquadrar no que seria a futuramente criada PRO, espécie de segunda divisão da F46 em 2007. Junto comigo levei outros cinco futuros pilotos da F46, ajudando no desejado aumento de pessoas no grupo.
De lá pra cá minha paixão pelo grupo só aumentou e o número de amigos que fiz ao longo desses quase 4 anos só se multiplicou. Meus melhores amigos são aqueles caras que dividem a pista comigo e isso é gratificante demais. Passei a pilotar kart com grande frequência e hoje em dia não consigo me imaginar sem uma corridinha ou estar fora da F46. Demonstrando sempre muita vontade em ajudar o grupo fui convidado em 2008 a participar da organização e faço parte dela desde então com muito prazer e cada vez mais afinco. É um sentimento maravilhoso ver algo que se iniciou como uma brincadeira sadia entre amigos e parentes se tornar um dos maiores campeonatos de kart amador do Rio de Janeiro e atualmente do Brasil. Fazer parte dessa história é uma sensação indescritível.
No próximo domingo, dia 03/04/2011 se inicia a sétima temporada da F46, a quinta da qual participarei. Garanto que todos aqueles que puderem comparecer para correr ou simplesmente assistir terão a mesma sensação que tive naquela tarde de domingo de 2006. Bora pra Volta Redonda?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Início de temporada. Início de blog.

Pista do saudoso Kartódromo Premium
Inauguro esse espaço com o principal intuito de relatar novidades, acontecimentos e (como tem sido mais comum ultimamente) problemas no kartismo amador do Rio de Janeiro. Lendo o post sobre a decadência do esporte no nosso estado no blog do colega organizador Mauricio Filho (Acelera Jatobá) tive a ideia de fortalecer a corrente daqueles que lutam por condições melhores para a prática do kartismo.
Não é de hoje que percebemos a derrocada iminente. Piloto kart desde 2006 e de lá pra cá já acompanhei o fechamento de 3 a 4 pistas além da degradação de algumas outras. Por que não temos estruturas iguais às de São Paulo, com seus incontáveis karts em incontáveis lugares? E nem precisamos pensar apenas na maior metrópole brasileira, o sul do país oferece ótimas e variadas opções, Minas Gerais também possui boa estrutura e muitos outros lugares por esse Brasil afora.
Nosso estado é talvez o que possua o maior numero de pilotos amadores e profissionais, e ainda assim passamos por todas essas dificuldades para encontrar lugares onde o esporte possa ser praticado com o mínimo de segurança e equilíbrio entre os equipamentos.
Precisamos unir nossas vozes e mostrar que o público está aqui, existe demanda. Será que falta gente interessada em investir no meio? Será que falta apoio da prefeitura ou do governo do estado para a prática do automobilismo em geral? Enquanto maracanãs e engenhões da vida vivem cheios e com apoio midiático existe pouca divigulção e cobertura de competições automobilísticas de menor porte, como é o exemplo do kart.
Me pergunto se caso notícias sobre o kartismo fossem vinculadas de forma mais intensa em jornais e na televisão teríamos uma visibilidade maior, incentivando assim novos investimentos, novos kartódromos. Como um dos organizadores de um dos maiores campeonatos do Rio de Janeiro, o F46, noto que por mais que demonstremos vontade de crescer e expandir o campeonato somos impedidos pela estrutura precária ou simplesmente pela falta de kartódromos. As ideias de torneios não param de surgir, mas onde realizá-los? Ultimamente a melhor opção tem sido o Kartódromo Internacional de Volta Redonda, mas sentimos que ainda precisamos de mais opções.
Até quando precisaremos adentrar terras paulistas em busca de diversão como a acontecida nos torneios da AMIKA, por exemplo? Por que não podemos nos divertir em nosso estado, sem viagens cansativas e que consomem mais dinheiro do que o próprio gasto nas competições?
Juntemos todos nossas forças em busca de um Rio de Janeiro melhor para o kartismo amador.